O cocô e o perfume.


A Telma Vinha, docente da Faculdade de Educação da Unicamp e minha super irmã, mandou um email comentando que uma escola da Bahia deu nome a um projeto que estuda o sistema digestório (o que houve com o bom e velho sistema digestivo?) de "Será que se eu tomar perfume meu cocô sai cheiroso?".

Bárbaro! Um nome infantil, com cara de curiosidade de criança. Pergunte a qualquer uma delas: "Vamos estudar o sistema digestório?" E elas dirão, com toda razão: "Eca! Que chato!". Agora apresente a pergunta acima e todas adorarão descobrir porque o cocô é fedido, porque comemos arroz e não sai arroz, o que é o pum e muitos outros mistérios do corpo e das susbstâncias que saem dele.

Quando publiquei o texto sobre a pouca criatividade dos projetos escolares, alguns leitores observaram que o maior problema é a necessidade de se cumprir conteúdos pré-determinados. Este exemplo da Bahia mostra que é possível cumprir com os conteúdos sem perder a graça e a imaginação.

Comentários

Anônimo disse…
É, geralmente, falta o desejo, a vontade de investigar algo ligado ao universo e as curiosidades naturais das crianças... Aprender poderia ser bem mais interessante, instigante e até divertido (nada contra o esforço para aprender, estudar, descobrir, porém com uma finalidade e não "porque tem que ser assim")...
Com relação ao estudo dos sistemas relacionados ao corpo humano já encontrei questões bem legais, tais como:
Qdo a gente tem um corte que sai sangue, se não der ponto sangra até o sangue acabar?
Por que quando estou com gripe fico mais cansado e com falta ar?
Como pode ter um irmão branco e um negro na mesma família?
Minha mãe disse que depois de comer não pode tomar banho ou nadar, será que é verdade?
Por que a gente morre se não tomar água? Pode beber xixi?
Piaget já dizia que o conhecimento vem da pergunta e não da resposta...
Parece tão óbvio, né?
bjs
sua super-irmã que muito a admira
Anônimo disse…
GENTEM,

VOCÊS PODEM ME ENSINAR COMO FAZER ISSO SE TORNAR REALIDADE COM ALUNOS MALAS DO CURSO DE MEDICINA?
AGUARDO AS RESPOSTAS ANSIOSAMENTE.
BEIJOS,
PAULA
A PROFESSORA DESILUDIDA, FRUSTRADA E DESESPERANÇADA.