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Mostrando postagens de novembro, 2010

Procuro uma escola que dê jeito no meu filho.

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Procuro uma escola que dê jeito no meu filho. Um equívoco muito comum é a escolha da escola ser feita para "dar jeito" na criança. Canso de ouvir mães justificarem a matrícula em uma instituição linha dura porque o filho precisa de mais disciplina. E junto com essa explicação, praticamente todas se queixam que vivem sendo chamadas pela escola por conta da rebeldia ou da indisciplina dessas crianças. Bilhetes, advertências, birras, malcriações, bronca em reuniões de pais, acabam virando parte do pacote. Conclusão que se chega: o filho é mesmo impossível. Leda me conta que, cansada de tanto ser chamada, avisou a escola: "Não me chamem mais. Ele é assim, vocês conhecem, resolvam." E assim o problema deixou de existir. Apenas para ela, é claro. Rafael, o filho da Leda, é um menino extremamente ativo, desses com o bicho carpinteiro. Ao mesmo tempo, é um menino curioso, arrojado e explorador. Se mete no meio do mato, trepa em árvore, faz clubinho e passa o tempo todo na r

Jabá sem fins lucrativos - Caixa de Brincar

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Jabá sem fins lucrativos - Caixa de Brincar Adriana poderia ser como todas nós, mães que tentam, mas deu a sorte de ter o Paulão como filhote. Paulão nasceu sem imunidade nenhuma (lembra do Menino na Bolha de Plástico?) e precisou se submeter a um transplante de medula óssea ainda bebê. Durante o longo e extremamente árduo processo, Adriana vestiu a capa, largou casa, carreira, vida própria e tudo o mais que costumamos levar na bagagem e lutou como uma leoa pela vida do filho. Sairam dessa todos vivos, saudáveis, mas a Dri em especial desenvolveu um senso extremamente apurado para os momentos curtidos entre pais e filhos. Esteja onde estiver, nunca a vi desperdiçar um. Desse dom que ela acabou adquirindo, veio uma idéia simples e muito criativa. Produzir kits de atividades para pais e filhos fazerem juntos. Nascia a Caixa de Brincar , nome que o próprio Paulo escolheu para as caixas que a mãe monta e testa sempre com ele antes de colocá-las a venda. As Caixas são bem artesanais, monta

"O filho da minha amiga lê melhor que o meu."

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"O filho da minha amiga lê melhor que o meu." A armadilha das comparações no processo de alfabetização. BARALIO (baralho) , PRAPO (trapo) , QUIEJU (queijo) , LEFATE (elefante) . Juju tem 7 anos e meio. Estas foram suas anotações em uma ficha de jogo de tabuleiro preenchida com uma letrona maiúscula, meio torta e imprecisa. Juju é meu terceiro filho e o último deles a passar pelo processo de alfabetização. Eu poderia cair no equívoco comum de compará-lo a outras crianças. Felizmente, a maternidade múltipla me concedeu o bônus extra de compreender que cada filho tem seu processo único de aprender a ler e a escrever. Essas comparações servem apenas para nos encher de orgulho. Ou de angústia. E não ajudam em nada a criança. Tem criança interessada desde muito cedo em aprender letras e números. E bem pequenas começam a aproximação com a alfabetização. Outras não estão nem aí para esse código estranho e demoram muito mais pra serem engajadas no processo de aprendizagem. Tem crianç

Estão fumando droga na casa do vovô.

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Estão fumando droga na casa do vovô. As crianças entram na sala aos berros: "Mãe! Achamos droga na casa do vovô!" A mãe, que descansa no sofá, abre só um dos olhos. O suficiente para ver um baseado na palma da mão de um deles. "Droga, mãe! Droga! Alguém tá fumando droga na casa do vovô!" A mãe dispara com aparente calma: "Isso parece droga, mas não é. É o cigarro caipira da fantasia da tia Lola. Sabe a festa caipira da chácara? Ela vai fantasiada e todo caipira tem um cigarrinho destes na orelha." As crianças olham incrédulas pra mãe. De repente, disparam atrás da tia Lola. "Tia Lola, tia Lola, achamos droga na casa do vovô! Droga, tia Lola! Alguém tá fumando droga aqui!" Na frente do computador, tia Lola segura a respiração diante da mãozinha gorducha que acena com um baseado. Atrás deles vem sua irmã, a mãe das crianças, repetindo a explicação da festa caipira. Uma sobrancelha erguida e a história se confirma. As crianças entregam o cigarrinho