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Mostrando postagens de março, 2011

Mamãe controladora - da série "Histórias Deliciosas de Mãe"

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Mamãe controladora - da série "Histórias Deliciosas de Mãe"   Era daquelas mães precavidas, que sempre tem antitérmico e agulha na bolsa. Tinha uma   necessidade patológica (como ela mesmo descreve) de ter as coisas sob controle. Acordava com tudo programado, das atividades dos filhos ao cardápio do almoço, lanche e jantar. Detestava quando algo saia fora do esperado. O filho queria muito um cachorro e perguntou se não podia ficar com a pudou da tia. A tia já havia concordado. Por não ter criança na casa, a cachorrinha era muito solitária. E a bichinha adorava o menino. A mãe negou. Preferia um cachorro grande. Optou por um rótivailer. Pesquisou criadores e foi atrás do mais gabaritado e caro. A cadela veio de longe e chegou chipada, com todas as certificações possíveis e um pedigree cuja linhagem faria inveja à familia real britânica. A paixão foi imediata e o menino não falou mais da pudou. O tempo foi passando e a bolinha gorducha crescendo. Mas crescendo pouco. Muito

Princesinhas briacas

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Princesinhas briacas A Cereser, um dos maiores fabricantes de bebida alcoólica do país, está lançando um produto para crianças que tem cara de champanhe, bolhinhas de champanhe, rolha de champanhe, estoura como champanhe, mas não é champanhe. É um suquinho frisante, desenvolvido para as crianças fingirem que estão tomando...adivinha o quê?! Do ponto de vista mercadológico, um dos principais objetivos de se lançar produtos adultos em versão infantil (ou adolescente) é formar e fidelizar novos consumidores. Mais do que lucro imediato, a indústria busca investir nos mercados futuros. Por quê? "Old habits die hard", como diria o Mick Jagger. Velhos hábitos são difíceis de serem mudados. A indústria aposta que, uma vez desenvolvido o hábito de consumo daquele produto, principalmente na infância, dificilmente o consumidor deixará de consumi-lo na vida adulta. As lembranças da infância tem forte ligação emocional e afetiva e o produto passa e fazer parte delas. É por isso que